terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Atividade1- Maria Luciane

Quem sou como professor?

Falar a respeito desse assunto é uma proposta bastante desafiadora e até mesmo complexa, pois uma reflexão sobre o tema mexe com as nossas estruturas, faz-nos pensar e, não me parece algo simples de se escrever como o preparo de uma pequena resenha, afinal a responsabilidade que temos é grande e nada fácil.
Minha experiência como professora começou cedo e bem antes de me formar. Ajudei por vários anos na formação de 10 turmas de catequizandos. Uma tarefa nada fácil para quem tinha apenas dezessete anos de idade, a 5ª série e trabalhava na roça. Foi emocionante e, não lembro dos rostos dos meus primeiros alunos, nem de seus nomes... um fato, porém, marcou profundamente esta época de experiências, receios, erros e alegrias: a “formatura” dos alunos na catequese foi inesquecível! Neste dia, todos (padre, catequizandos, catequistas, pais,) ficaram muito emocionados com a cerimônia de 1ª comunhão e crisma das três turmas. Este evento marcou seriamente minhas futuras escolhas profissionais. Aos vinte um anos voltei a estudar e com trinta e um me formei em Letras.
Continuei estudando, faço cursos de inglês desde então. Trabalho há apenas dois anos e aceitar este desafio não foi nada fácil.
Estou fazendo Pós em Metodologia da Língua Portuguesa e Estrangeira, pois é preciso estudar e aprender sempre, especialmente nos dias de hoje em que a educação, mais do que nunca, precisa ser desafiadora e motivadora. E, embora as diversas tecnologias, por exemplo, tenham evoluído muito, em diversas escolas o uso de informática e de internet restringe-se apenas a suas secretarias.
O uso da informática educacional no Brasil já completou sua primeira década, e muitas escolas já contam com laboratórios de computadores. Seu uso pode ser dividido em duas abordagens: a informática no ensino e o ensino da informática. A primeira, o uso da informática no ensino, padece da grave falta de softwares educacionais, sobretudo em língua portuguesa, falta esta agravada pela baixa qualidade e restrito efeito educacional dos disponíveis e de adequada formação dos professores.
A segunda abordagem do uso da informática no ambiente escolar é talvez o mais difundido hoje — principalmente nas escolas particulares. Em parte porque o "mercado" o exige (e nisso as escolas não se diferenciam em qualidade dos piores cursos de informática oferecidos em qualquer esquina), mas também porque a falta de bons softwares educacionais impede pensar alternativas que realmente agreguem qualidade ao processo ensino-aprendizagem.
Quando se fala em computadores na escola sempre surgem as inevitáveis menções à merenda escolar, às janelas quebradas e aos baixos salários dos professores. Não podemos deixar de levantar que é apenas com muita e da melhor tecnologia que evitaremos um desnível social ainda maior entre a escola pública e a privada (ou entre o Brasil e as nações desenvolvidas). Assistido com meu filho o desenho animado da família “Rodinson” como ele diz, percebi que o inverso disso é Robinson Crusoe, do clássico de Daniel Defoe: de mãos nuas, escapando de um naufrágio, reproduz em sua ilha deserta a tecnologia da época, usando apenas seu conhecimento e a vontade de transformar a realidade.
Na educação essa distinção é fundamental, pois não há máquina que substitua o professor (e quando isso ocorre é porque ele merece). Tecnologia educacional é, por exemplo, usar uma lata de água, um pedaço de madeira e uma pedra para explicar a flutuação dos corpos.

3 comentários:

Curso TICs - Paraíso do Sul disse...

Colega!
Nós estamos atrasados em relação as escolas particulares, pois as mesmas já trabalham com as TICs faz muito tempo, reforçam seu papel na aprendizagem do aluno a cada dia, mas a nossa realidade é diferente, só no século XXI é que vimos a preocupação dos governantes com a inserção das TICs na escola como ferramentas significativas no contexto ensino-aprendizagem.
Sinto ainda que a preocupação não está só em equipar as escolas, mas qualificar os professores para o uso dos equipamentos, o que constatamos é que muitos de nossos colegas relutam e dificultam este processo. Quem sofre as conseqüências??? São os alunos que tem grande intimidade com as TICs e muitas vezes o professor priva-o de ele estar adquirindo conhecimentos através das mesmas. Concordas?
Margarete Curto Schütz
NTE-Cachoeira do Sul

MARIA LUCIANE DA ROZA ZIMMER disse...

Concordo sim Margarete. Mas felizmente essa realidade, se não me engano, parece, aos poucos, estar mudando pois, como bem sabe, só na nossa escola quantos profesores estão tentando mudar esta situação, não é mesmo?

MARIA LUCIANE DA ROZA ZIMMER disse...

Concordo sim Margarete. Mas felizmente essa realidade, se não me engano, parece, aos poucos, estar mudando pois, como bem sabe, só na nossa escola quantos profesores estão tentando mudar esta situação, não é mesmo?